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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Meus agradecimentos de 2015!

Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos vocês, meus leitores, por me acompanharem por todo o ano de 2015, o apoio de vocês é essencial para que eu mantenha esse Blog. Estou realmente feliz de já termos iniciado o nosso quarto ano juntos. Outro agradecimento caloroso fica para Mariana Oliveira, Yulla Rozendo, Kanie Strausckiiz, Camila Moraes, Halleinara de Aquino, Layana Ribeiro, Kamylla Barros, Rafael Silva, Douglas Galvão, Kaio Lima... por participarem das matérias de Segunda-feira, em especial um super agradecimento para você Edy Assis. Torço muito pelo seu sucesso, e te admiro, principalmente por você fazer um trabalho de verdade, seus seguidores não são comprados, as vezes que você foi aos eventos não teve que auto se convidar, e sim foi convidado, enfim, faz um trabalho real, tem seguidores reais, e não finge uma realidade sem retornos financeiros apenas para aparecer, você soma em vez de dividir e segregar, e são pessoas assim que merecem meu respeito, sem seus conselhos talvez a postagem de hoje não estaria sendo feita, e eu teria feito minha ultima  matéria alguns dias atrás. Obrigado Nayama Mielle, Matheus Cerutti, Matheus Salmi e Nicholas Sharnick por tornarem a vida mais leve, obrigado também a você Thales Paiva, tenho aprendido tanto contigo sobre o mundo e mim mesmo, fora tudo o que você tem feito por mim, eu não encontro formas de te recompensar por isso, muito obrigado por estar aqui por mim, estou ai por você sempre. Karyne Brito, Lorena Laureano, Aryane Lopes, 2015 não teria sido o mesmo sem vocês, obrigado pelo apoio. Realmente me sinto abençoado por tê-los em minha vida. Um super beijo e um abraço de tirar o folego do loiro Fiorezzo.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Papo Bom com Jesus Luz.

O DJ e modelo, Jesus Luz, de 27 anos, filho de uma cabeleireira com um funcionário público do Rio de Janeiro, ficou conhecido mundialmente no ano de 2008 por ter feito um nú frontal em um ensaio fotográfico com a cantora internacional Madonna, para a famosa revista W. Após este trabalho Jesus manteve um relacionamento amoroso com a super star se tornando alvo de curiosidade nas mídias e o assunto de muitas noticias que apareciam diariamente em jornais, sites e revistas, o que fez com que ele se tornasse o desejo de muitas marcas que acabaram usando a sua imagem em comerciais e campanhas publicitarias ao redor do mundo. É com ele, que atualmente esta solteiro, e que deixou o anonimato para virar celebridade, que teremos o nosso papo bom de hoje.


RF: Como que entrou para a vida de modelo?

JL: Eu fazia eventos, figurações, texte para comerciais, eu corria atrás de tudo o que eu podia para tentar começar a trabalhar nesse ramo.

RF: Você ficou surpreso com a fama que teve? 

JL: Eu acreditava que algo iria acontecer em algum momento da minha vida, mas eu não tinha noção da dimensão do que seria, eu fiquei surpreso sim.

RF: Como foi dormir anônimo e acordar famoso? Que mudança isso trouxe para você?

JL: Quando tudo aconteceu eu fiquei meio preocupado em como eu iria agir e me portar nos lugares, mas depois eu percebi que o certo seria ser eu mesmo sempre, viver a minha vida e não pensar tanto nesse estrelato, lidar com tudo isso como algo normal.

RF: Em nenhum momento você ficou deslumbrado com a fama?

JL: Claro que fiquei, quem não fica? Mas é importante colocar o pé no chão, continuar trabalhando sério e cuidando da sua espiritualidade, por que esse lance da fama é passageiro, é importante você não se deixar ficar vazio por isso.

RF: Você deixou de modelar e passou a ser DJ, como que foi esse processo de mudança?

JL: No começo houve uma certa rejeição por parte das pessoas, um estranhamento na verdade, mas hoje em dia esta tudo tranquilo, rodei o mundo com esse trabalho, eu tenho me esforçado bastante para fazer meu nome dentro da música, os comentários ruins já se tornaram parte de um passado que não existe mais.

RF: Você ainda mantém contato com a Madonna?

JL: Sim, ela é minha amiga, tudo se resolveu muito bem, a gente conversa sempre, nós só guardamos o que foi bom dentro da nossa relação.

RF: Qual foi o maior aprendizado que você teve com ela?

JL: A perseverança, o desejo de vencer, de não se abater, acreditar em si mesmo, em ter confiança naquilo que você faz, acho que é isso o que aprendi de melhor com ela.

RF: O que as pessoas podem esperar de você quando você toca em alguma festa?

JL: Eu nunca chego com algo certo, eu vou vendo qual é a vibração do público, conforme a festa vai rolando é o que eu vou decidindo o que eu vou tocar.

RF: O que você gosta mais de tocar?

JL: Música eletrônica

RF: E como esta a sua agenda de DJ?

JL: Esta corrida, eu tenho viajado bastante, é uma rotina muito corrida, mas eu tenho conseguido levar na boa.

RF: Você também esta atuando, como tem sido isso para você?

JL: Atuar é muito diferente do que eu faço, mas para mim que é arte é vida, eu estou gostando muito de tudo o que esta acontecendo na minha vida.

RF: É complicado decorar texto?

JL: Para mim é, mas eu fico lendo até ele entrar na minha cabeça, eu fico treinando também com algum amigo, ou alguém próximo sempre que dá.

RF: O que a fama te trouxe de melhor?

JL: Fora o contato com o público, eu conheci muito lugar do mundo que eu tinha vontade de conhecer.

RF: Como é o contato com a sua família?

JL: Eu fico na maior parte do tempo entre Rio de Janeiro, Nova Yorque e Londres, mas sempre que sobra um tempinho eu estou indo para Parati vê-los.

RF: O que significa construir uma família para você? 

JL: As pessoas de quem você gosta é a sua família, sejam os seus amigos, seja a sua namorada, sejam os seus filhos, até o marido da sua mãe, não precisa ser do seu sangue, família é um convívio veinulado a afinidades e sentimentos e não por papeis ou DNA. Isso para mim é família.

RF: Quais são os planos para esse ano?

JL: Lançar o meu CD, eu tenho trabalhando bastante nesse material discográfico dentro da Universal Music, se for da vontade de Deus, este será um trabalho de grande sucesso.

RF: Qual é a melhor parte e a mais complicada de produzir em um CD?

JL: A mais complicada foi escolher o repertório, porque tem muitos DJs e artistas com quem me identifico, agora a melhor parte é fazer um material que vai causar um efeito na galera.

RF: Você costuma levar cantada de mulheres mais velhas?

JL: A maior parte do meu público é formado por meninas adolescentes, de 15 a 20 anos, eu nunca senti isso das mulheres mais velhas, talvez elas sejam mais discretas.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Papo Bom com Alexandre Herchcovitch.

Alexandre Herchocovith nasceu e cresceu em São Paulo no seio da comunidade judaica ortodoxa paulistana. Seu contato com a moda começou com o convívio que teve com Regina, sua mãe, que o ensinou os princípios básicos da costura. Aos 22 anos Herchcovitch concluiu o curso superior de moda na Faculdade Santa Marcelina obtendo sucesso em seu desfile de formatura. Sua trajetória na moda brasileira foi construída em pouco mais de dez anos, tendo grande repercussão no cenário fashion nacional e internacional. O estilista paulistano cria anualmente 4 coleções para própria marca, além de produtos licenciados para diversas empresas. Alexandre desfila suas coleções nas principais semanas de moda do mundo, algumas delas é o São Paulo Fashion Week, e 7th on Sixth em Nova York, e é com este grande homem da moda que teremos o nosso papo bom de hoje, o rei da moda brasileira, Alexandre Herchcovith:


RF: Qual é a importância de ter uma equipe de criação aliada aos trabalhos que você faz?

AH: Eu não consigo trabalhar sozinho, meu trabalho é totalmente em grupo e nem sempre a melhor ideia é a minha. As vezes a melhor ideia é de um assistente, de um outro estilista, do consultor, e o meu papel hoje é fazer a curadoria das melhores ideias e algumas delas vem de mim.

RF: Como que você, um formador de opinião, vê estas tensões que envolvem o descontentamento populacional brasileiro com o governo do país e a vinda da copa este ano ao Brasil?

AH: Eu sinceramente sou muito a favor da demonstração deste descontentamento, por que se estivesse tudo direitinho aqui, transporte, educação, tudo, a gente não precisaria ir para rua manifestar contra como aconteceu recentemente, eu não concordo com vandalismo, depredação, isso não tem nada haver, mas acho sim que há vários motivos para a gente manifestar contra aqui no Brasil.

RF: Você iria para rua manifestar contra o que por exemplo?

AH: Eu iria para rua manifestar pela igualdade de direitos, é um assunto posto em pauta no país já tem alguns anos, principalmente ligada a casais do mesmo sexo, que não tem direitos iguais ao dos casais héteros. O que eu vejo é que todos nós temos os mesmos deveres mas não temos os mesmos direitos, isso é muito complicado para mim sabe? Isso faz eu pensar que existem lugares melhores para se viver do que o Brasil.

RF: Você já pensou em ir embora do Brasil?

AH: Já sim, penso direto, eu não posso ir embora por um único motivo, porque tudo o que eu gosto de fazer e que faço no meu trabalho é muito ligado as pessoas que fabricam aquilo que eu crio, que eu desenho, então eu tenho que ficar perto, eu não conseguiria trabalhar longe, criar na Tailândia, mandar o desenho para o Brasil e ser confeccionado como idealizei de fato aqui.

RF: Suas criações tem uma alta carga cosmopolita, mas tem  ali presente um DNA brasileiro, como que você vê essa característica dentro do seu trabalho?

AH: Eu sou muito grato de ter nascido aqui, com toda a sinceridade, o fato de eu ser brasileiro e ter tido a educação que eu tive dentro de casa, na escola, as referências culturais que eu adquiri aqui ajudou muito o meu trabalho acontecer, se eu tivesse nascido em um outro lugar, a minha roupa não seria desse jeito e a minha trajetória teria sido outra, e eu sou feliz como a minha trajetória. 

RF: Onde se deu o inicio da sua trajetória como um designer?

AH: Eu comecei a fazer roupa muito cedo, o incio foi na minha pré-adolescência, onde eu pedi para minha mãe me ensinar a costurar, cortar e fazer os moldes, porque ela fazia as roupas que ele usava. Isso aconteceu muito antes de eu pensar em ter uma marca ou vender, eu pensava só na construção da roupa, em fazer um tecido plano virar uma peça.

RF: Desde então o que mudou dentro da sua cabeça de criador?

AH: Duas décadas ou um pouco mais que isso se passaram desde que comecei a costurar, hoje sei muito mais daquilo que eu gosto e  faço do que sabia a vinte anos atrás. Tenho técnicas melhores, hoje em dia eu consigo interpretar melhor o que o meu público quer, a gente vai evoluindo conforme vai praticando.

RF: Uma vez você disse em uma entrevista que o guarda-roupa deveria ser único para homens e mulher, porque?

AH: Eu detesto limitações, eu acho que as pessoas devem usar o que elas querem usar para se sentirem bem e se expressar, independente do gênero que a cultura ou a sociedade colocou sobre aquela roupa.

RF: Como você vê a imposição da moda no consumo das pessoas?

AH: A profissão de estilista é muito cruel, porque você como estilista tem que ter ideias sem parar porque acostumamos os clientes de que a cada seis meses eles terão algo totalmente novo para ver e consumir.

RF: Qual é o tipo se cuidado que você tem com a sua marca?

AH: Eu faço um controle muito rígido do que será lançado e comercializado, porque os clientes deixam de comprar quando há uma perca na identidade do que é a marca. Eu treino as pessoas com quem trabalho a ter o mesmo olhar que eu tenho sobre os produtos para nada fugir da proposta que carregamos.

RF: É difícil fugir dos clichês? 

AH: Um pouco, mas não fico preocupado em fugir deles, eu realmente não ligo, eu faço o que me der vontade de fazer, sendo clichê ou não.

RF: Muda a ansiedade de desfilar uma coleção no Brasil e fora dele?

AH: Já tem um tempo que desfilar uma coleção não meche com a minha ansiedade, todos são frutos de um trabalho planejado meses antes que vai para uma passarela ser exposto desta maneira.

RF: Porque sempre há uma restrição muito grande em ver as peças antes de um desfile?

AH: A coleção é um segredo industrial que a gente só mostra na hora certa, e o desfile é o momento certo, eu mesmo sempre planejei mostrar as roupas no corpo das modelos, por que tem uma diferença de quando são vistas no cabide.

RF: A formação acadêmica dentro da moda é necessária? Vemos muita gente trabalhando na área que aprendeu fazendo, mas que não fez faculdade ou curso, como que você enxerga a importância da formação acadêmica dentro deste cenário?

AH: A formação é essencial porque você aprende coisas no curso que você não conseguiria aprender sozinho, ver fontes que sem uma instrução você nem saberia que existiam para procurar as informações ali postas, mas é importante saber que só a faculdade não é suficiente, você tem que buscar fazer cursos por fora e se especializar naquilo que você gosta.

RF: Para finalizar o nosso papo bom de hoje, que rumo a moda esta tomando? 

AH: A tendência global da moda atual é fazer com que cada um busque a sua individualidade, a individualização dentro da moda é o que temos visto de mais forte.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Papo Bom com Christian Chavéz.

O mexicano Christian Chavéz tem 31 anos de idade, é ator, compositor e cantor. Com 16 anos ele entrou para o Centro Educacional Artístico da Televisa, onde teve aulas de atuação e canto. Sua primeira grande oportunidade veio quando foi escalado para fazer parte do elenco da novela Clase 406. Com o fim de Clase 406, Christian foi convidado para fazer parte da novela Rebelde, onde alcançou sucesso mundial com o grupo musical RBD. Com o fim da novela Rebelde e a separação do RBD, Christian Chavéz iniciou sua carreira solo. Após o lançamento do seu primeiro álbum solo, Christian foi considerado uma das personalidades gays mais aclamadas pelo público jovem e alvo de muitas polêmicas. É com este homem cheio de talento e seguidores no mundo todo que teremos o papo bom de hoje.


RF: Qual foi a diferença para você entre a Turnê Libertad e as demais que você já fez?

CC: Desta vez era eu cantando sozinho no palco. Foi a primeira vez que fiz interpretações de canções brasileiras na minha lingua, e resgatei canções minhas que foram parar na internet, que os fãs conhecem bem, mas que não tinham ido para nenhum álbum.

RF: Você compõe as músicas que faz parte dos seus álbuns. De onde vem a inspiração?

CC: Eu penso que a inspiração chega em qualquer momento, você pode estar em casa, tomando banho, comendo com seus pais e de repente ela chega do nada, não é algo que se pode explicar e até mesmo controlar.

RF: Qual é o segredo por trás da música "Sexy Boy"?

CC: Eu vejo essa canção como uma crítica social para todos aqueles rapazes que são acostumados a ter tudo do jeito que eles querem, que são prioridades, que sempre estão mandando as pessoas fazerem as coisas por eles, que tem muita gente ao redor querendo agrada-los sempre. Essa música foi escrita por mim quando eu tinha 17 anos e usava aparelho nos dentes, era cheio de espinhas no rosto, e sempre que ia nos lugares era menos enxergado que os rapazes mais bonitos.

RF: O que você mais lembra da sua infância?
CC: De ir para fazenda da minha avó, subir nas arvores, e fazer brincadeiras com os meus amigos.

RF: Como é a sua relação com a sua família? 

CC: É excelente, sempre posso contar com eles, eles estão torcendo por mim sempre, sempre desejando o melhor para mim, eles são o meu alicerce. 

RF: Você é muito assediado nos shows que faz, tem garotos e garotas histéricas gritando o seu nome. Você se sente um homem mais sensual por isso?

CC: Um pouco, mas acho que todas as pessoas tem o seu lado sensual. A sensualidade faz parte do corpo, faz parte da essência do ser humano.

RF: Como o seu público reage ao fato de você ser homossexual?

CC: Acredite, a maioria das minhas fãs são mulheres, e isso é maravilhoso porque vejo que há uma geração que esta tendo uma forma de pensar mais inteligente e humanizada, que vê as pessoas pelo que elas são e não pela orientação sexual delas.

RF: Quais são seus ídolos brasileiros?

CC: Alexandre Pires, Ivete Sangalo, gosto muito do Roberto Carlos e do NX Zero.

RF: O que mais te encanta no Brasil?

CC: As pessoas. Os brasileiros são mais espiritualizados e mais apaixonados. É muito boa a energia que o povo brasileiro passa. O Brasil se tornou muito importante pra mim desde que o conheci e percebi esse amor que o povo de lá nos dá, essa recepcionalidade que é sempre tão boa.

RF: Porque você decidiu assumir a sua homossexualidade?

CC: É sempre bom sermos quem somos de verdade, não para que as pessoas saibam da nossa vida pessoal, mas para que elas se deem conta que há muitos gays no mundo e que estamos por todos os lados, que somos amigos, irmãos, colegas de trabalho, somos chefes, empregados, que não somos poucos, nem únicos, e somos como todo mundo, normais.

RF: Você se sentiu descriminado por ser homossexual?

CC: Sim, pelos meios de comunicação, houve uma época em que eu queria que estivessem falando do meu trabalho, mas quase não se via nada a respeito em nenhum lugar, em contra partida havia inúmeras reportagens falando sobre minha opção sexual, como se ser gay fosse o meu trabalho. Eu penso em evitar falar sobre minha vida pessoal, quero passar um tempo cuidando dos meus projetos para que as pessoas falem do Christian cantor, do Christian compositor, não da minha vida intima.

RF: Qual é o tipo de homem que te conquista?

CC: Os que são sinceros, eu acredito que a verdadeira beleza esta no coração, se ele não tiver um bom caráter a beleza física é nula para mim. 

RF:  O que você mudaria na sua vida e que momento você reviveria?

CC: Eu não mudaria nada, acredito que as coisas acontecem por um motivo e formam aquilo que somos. Agora um momento que eu reviveria, seria a primeira vez que cantei com o RBD no México, e nos surpreendemos com a multidão de pessoas que apareceu para nos ver. Foi mágico.

RF: Com qual artista brasileiro você gostaria de fazer um dueto?

CC: Com a Ivete Sangalo.

RF: Quando você vem ao Brasil, você costuma fazer compras? O que você lembra de ter comprado e que para você foi um bom investimento?

CC: Sim, sempre que tenho tempo acabo comprando alguma coisa em todos os lugares que passo. No Brasil a modelagem das calças jeans são diferentes das que encontro no México, aqui as calças masculinas estão vindo mais justas ao corpo, e dão aquela levantada na bunda, eu gosto e sempre que posso levo várias.

RF: Qual é o estilo de roupa que você costuma usar?
CC: Gosto de roupas que me deixem confortável, nada muito formal, sou mais casual, gosto de peças descontraídas.

RF:  Você sofreu uma agressão domiciliar por parte do seu ex-namorado, com quem morou junto por um tempo. Quando você o levou para sua casa, você imaginou que isso pudesse acontecer?

CC: O meu ex-companheiro sempre foi muito agressivo, eu o amava e relevava muita coisa. Tudo começou com o tom de voz dele que ia sempre aumentando toda vez que tínhamos alguma discussão, mas eu nunca cheguei a pensar que as agressões fossem se tornar físicas.

RF: Ele era muito ciumento? Como ele reagia ao fato de você ser uma pessoa pública, que viaja, faz shows e é assediado por milhões de fãs?

CC: Ele não aceitava, ele não confiava em mim, dava crises de ciumes e me atacava pelo twitter me ofendendo, fazendo com que os meus fãs tivessem acesso aos absurdos que ele pensava de mim. Outras vezes ele escondia os meus documentos para que eu não pudesse viajar, em outras sumia com meu celular onde tenho o contato de todas as pessoas que trabalham comigo para que eu ficasse em casa e não fizesse o que eu precisava.

RF: Que conselho você pode dar para as pessoas que estão passando pelo mesmo problema que você passou?

CC: Que sem amem mais, que não se calem perante a uma agressão, e que não se permitam passar por isso, que busquem amparo nas leis e se afastem deste tipo de pessoa.

RF: Fim do escândalo, fase já superada. Para finalizar o nosso papo bom de hoje e matar a curiosidade, tem projeto musical novo vindo por ai?

CC: Sim, em breve chega novidade. Estou compondo algumas músicas, indo a estúdios gravar algumas canções e fazer experimentos sonoros que poderão estar em um novo material. Assim que tudo estiver quase finalizado eu conto do que se trata pelas redes sociais, é algo que tenho feito com muito amor para todos os meus fãs e pessoas que admiram o meu trabalho.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Papo Bom com Harry Louis.

O mineiro Edgar Xavier ficou conhecido no mundo inteiro com o nome artístico de Harry Louis, e é um arraso na cena gay mundial. Foi protagonista em mais de 30 produções de cinema pornô gay, trabalho que ele largou quando começou a namorar um dos mais famosos e talentosos designers de moda do mundo, o americano Marc Jacobs. Harry Louis e Marc Jacobs terminaram o relacionamento no fim do ano passado de maneira formidável, e o ex-ator pornô que morava em Londres foi para Nova York, se mudando logo depois para o Rio de Janeiro, onde reside atualmente. Hoje Harry Louis se dedica a uma vida de empresário com a sua fábrica de chocolates e a rotina de DJ na noite brasileira. No último dia 22 ele esteve em Goiânia para discotecar na boate Disel, a maior boate gay da cidade, e é com ele o nosso papo bom de hoje.


RF: De Onde saiu essa história de chocolate?

HL: Minha avó sempre fazia chocolates no Natal para mim e meus primos, aquilo era um evento para nós todos, e esperar o Natal levava tempo demais, então entre 10 e 12 anos eu acabei aprendendo fazer o chocolate sozinho. Meus primos iam jogar futebol e eu ficava do lado da minha avó olhando ela fazer o chocolate e assim eu fui aprendendo.

RF: Onde fica a sua fabrica de chocolates?

HL: Então, a minha marca de chocolate, a HL, tem a sua base em Londres, mas agora temos uma cede no Rio de Janeiro também.

RF: Os homens têm uma sexualidade muito clara e agressiva, para você a primeira atração é sempre sexual?

HL: Sim, com outro homem sim – risos.

RF: Porque você parou de fazer filmes no cinema adulto?

HL: Na verdade a minha decisão foi baseada em um conselho do meu primeiro diretor, eu me lembro das palavras dele até hoje, ele disse – Não faça mais de 30 filmes para você não virar figurinha carimbada, você tem que ser lembrado por um bom trabalho, não por ser uma pessoa que o telespectador vai pular a cena em que você aparece por saber tudo o que você é capaz de fazer.

RF: De onde saiu o nome de Harry Louis?

HL: Eu estava na Espanha em uma festa de Halloween vestido de Harry Potter, e o meu nome é muito difícil de se pronunciar lá, então quando as pessoas perguntavam como eu meu chamava, eu entrei na brincadeira de responder Harry. Outra vez me perguntaram o meu sobrenome, e Harry Xavier não colava muito, daí eu olhei para o meu pulso antes de responder, e vi meu relógio da Louis Vuitton e respondi que era Louis.

RF: Você viveu em Brasília dos 12 aos 17 anos, foi lá que você descobriu a sua opção sexual?

HL: Eu sempre soube, desde os 10 anos de idade eu sempre tive atração por homens, me lembro de ver as caixinhas de cueca e achar os modelos bonitos e sentir desejo pelo corpo deles.

RF: Você sofreu bullying por ser gay?

HL: Sempre sofri bullying na escola, os meninos pegavam muito no meu pé, me chamavam de Edygay, de bichinha, veadinho... Como eu não era de brigar e partir para porrada, eu acabava indo para sala do diretor chorando para reclamar. Mas não tenho nenhum trauma em relação a isso, eu sinto até pena de gente assim, que faz os outros se sentirem mal para se sentirem bem consigo mesmas, na época eu era muito novinho e sofria muito, mas com o tempo eu aprendi a bloquear pessoas assim da minha vida.

RF: Por ser um “Deus” nessa industria milionária, o que você conseguiu em troca? Quais são seus privilégios?

HL: Nos cinco anos que eu trabalhei nessa industria eu já adquiri um respeito muito grande, no segundo ano em diante eu já escolhia todos os meus parceiros de cena, coisa que eles não deixam qualquer um fazer. Comparado com os outros atores eu era muito bem pago e até hoje em dia eu recebo ofertas milionárias na mesa  para fazer esse tipo de trabalho e não aceito. 

RF: Há preconceito contra os Gays na Espanha, Londres, Estados Unidos da mesma forma que acontece no Brasil? 

HL: Há sim, mas é bem menor, aqui no Brasil eu fico horrorizado com a pressão contra o casamento gay, com as pessoas fazendo questão de ficar falando que isso é errado. Lá fora é tudo mais tranqüilo, nós homossexuais temos mais liberdade, mais direitos, o pessoal é mais evoluído, aqui, neste aspecto as pessoas ainda tem pensamentos muito antiquados sobre essas questões.

RF: A sua iniciação sexual foi fácil?

HL: Foi sim, eu morava em Brasília ainda e tinha por volta de 15 e 16 anos de idade, foi nessa época que dei meu primeiro beijo. Eu já fui para os finalmentes no mesmo dia que dei meu primeiro beijo e achei maravilhoso, depois eu nunca mais parei.

RF: Na Espanha você fazia programas, tem como você contar como isso aconteceu? 

HL: Sim, eu fui pra Espanha com 17 anos, me envolvi com um carinha de lá que foi tipo uma porta pra eu sair do país. Chegando na Espanha o nosso relacionamento não deu muito certo por que eu me senti super interessante para os gays de lá, todos estavam me querendo porque eu era carne nova no pedaço, eu adorei aquilo e acabamos terminando. Depois de um tempo, eu não sei se eu perdi ou se roubaram a minha carteira com todo o meu dinheiro dentro, isso foi em Madrid. Sabendo das necessidades da minha mãe aqui no Brasil eu não me senti no direito de ligar de onde eu estava e pedir ajuda, eu passei fome por três dias, até que eu entrei em um chat e surgiu a proposta de um cara me oferecendo dinheiro por sexo. Eu não hesitei em momento algum porque eu não tinha o que comer, hoje eu vejo que aquela foi a melhor escolha que eu fiz em toda a minha vida, por que a partir dali eu fiz muito dinheiro e pude levar minha mãe para perto de mim. 

RF: O que seus pais pensaram disso, qual foi a reação deles?

HL: Eu não tenho contato com meu pai, não tinha mesmo antes de ir para Espanha, ele e minha mãe são divorciados. Pouco tempo depois que minha mãe se mudou para a Espanha eu tentei esconder o jogo, mas não deu muito certo, ela acabou descobriu como eu estava ganhando dinheiro e nunca me julgou por isso, ela é minha melhor amiga, ela é tudo pra mim, ela sempre sabe tudo o que acontece comigo.

RF: Como você começou a fazer filmes no cinema adulto?

HL: Um produtor de cinema pornô me achou no chat como garoto de programa, gostou do meu perfil e me chamou para fazer um casting onde eu tinha que me relacionar com outro ator, para mim foi super tranquilo porque o outro ator era super lindo e atraente. Foi tudo muito rápido comigo, duas semanas depois do casting eu já estava fazendo filmes em Barcelona. Cheguei a fazer filmes que duraram dias de gravação, outros para a internet que levaram umas cinco horas de gravação, é uma rotina bem corrida dependendo da quantidade de trabalho que você tem, no meu caso eram muitos.

RF: Você disse que passou horas e dias gravando, como é possível manter o desempenho por tanto tempo?

HL: Nestas gravações você tem que parar para tirarem foto da cena, para pegarem o melhor ângulo, a melhor luz, que é inevitável a ajuda de uma pílula ou de uma injeção de ânimo no membro para que ele se mantenha de pé por horas seguidas, então eu só tinha a preocupação com a cara e a atuação. As vezes eu saía de lá todo esfolado, mas eu sou controlado, eu sei a hora certa do ápice da cena.

RF: Você já se envolveu emocionalmente com outros atores pornôs e os levou para cama fora de cena?

HL: Sim, vários. O que acontece !? Você fica na frente de oito pessoas gravando, mas dai surge a vontade de conhecer a pessoa em um local mais privado,  você vai lá e combina com o cara, é até mais fácil por já ter rolado uma pitadinha do que a pessoa é em cena e o primeiro contato já ter acontecido ali, é ótimo você poder sentir a pessoa melhor sem ninguém te dizendo o que você tem que fazer e como deve fazer.

RF: Os gays brasileiros tem fama de serem os mais sensuais na Europa assim como os homens latinos?

HL: Sim, o brasileiro tem pegada independente de ser homem, mulher ou gay, a gente exala sexo e os gringos adoram.

RF: O que é ser estiloso para você?

HL: É sempre andar do jeito que você esta com vontade, se sentindo bem e bonito, isso é ser estiloso pra mim.

RF: Fim de carreira no cinema pornô. Você se mudou para o Brasil e iniciou uma tournê nacional como DJ que carrega o nome mixed pleasure. De onde surgiu a ideia de discotecar, e como esta sendo essa experiência para você?

HL: Um amigo meu elogiou meu gosto musical e me aconselhou a fazer um curso de discotecagem, eu peguei aquilo pra mim, fiz um curso curto, e amei tudo o que eu aprendi. Agora eu estou me divertindo nas noites brasileiras com esse tipo de trabalho, e estou com a agenda cheia até o final do ano. A experiência é incrível por que você viaja pelo país inteiro, esta em contato com as pessoas de todos os lugares daqui, tem sido tudo muito bom, vamos ver se vai dar certo, eu espero muito que sim. – risos.

RF: Para finalizar o nosso papo bom de hoje, qual é o seu maior sonho agora?

HL: É reunir a minha família toda em um mesmo lugar, eu sou muito ligado as minhas raízes. Tenho parentes em Minas Gerais, Brasília, São Paulo, minha mãe que esta morando com meu padrasto na Espanha, eu sei que é um pouco complicado porque esta todo mundo muito dividido, mas meu maior sonho é este.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Papo Bom com Mateus Solano.

Mateus Solano que nasceu em Brasilia é ator, tem 33 anos, é formado em Artes Cênicas na UniRio, tem 12 anos de carreira baseados no teatro, 8 filmes, e muitos outros trabalhos televisivos, entre eles, 7 novelas. Seu ultimo trabalho realizado foi o personagem Félix Cury da novela global Amor à Vida, que tem seu último capítulo indo ao ar hoje, nesta sexta-feira. Mateus Solano com o papel de Félix conseguiu prêmios como Meus Prêmios Nick de ator favorito, Prêmio Extra de Televisão e Prêmio APCA como melhor ator do ano, além disso se tornou o assunto mais comentado aqui no Brasil, quebrando tabus sobre a homossexualidade, fazendo com que a tolerância e respeito com a classe GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais) tivesse um crescimento notável no país, mesmo que pequeno perto do que é realmente necessário. E é com ele, este grande homem o nosso papo bom de hoje.


RF: Qual foi o principal motivo que levou você aceitar fazer o papel do Félix em Amor à Vida?

MS: O desafio de fazer um personagem que nunca tinha sido feito antes na teledramaturgia brasileira, com uma feitura muito bem trabalhada por uma série de pessoas que eu admiro muito.

RF: O personagem Félix Cury inicialmente foi muito criticado pelas pessoas por causa das maldades que cometia, do meio da novela em diante, a vida do seu personagem deu uma reviravolta e a opinião do público mudou. Fale um pouco sobre essa transição com a gente?

MS: As críticas são sempre bem vindas para mim, tanto as boas quanto as ruins, porque dá um respaldo para o que eu estou fazendo. Sempre tento tirar proveito de coisas que vão me melhorar como artista. No geral o reconhecimento foi positivo. Mostrar as mazelas e prazeres da orientação sexual nas cenas humanizaram o Félix quando mostramos como ele não conseguiu lidar com os próprios sentimentos. Walcyr Carrasco é um gênio e conseguiu criar ótimas cenas para que pudéssemos transmitir isso. É ai que eu me senti motivado em dar o meu melhor, para poder me conectar com esse público, que é tão discriminado, e que mesmo assim é alegre, festivo, com vontade de viver, de ser feliz e ser aceito.

RF: Como você explica o fato do seu personagem não ter atraído críticas homofóbicas? Você acredita que o público entendeu que os preconceitos devem ser quebrados e que o respeito das pessoas não esta na opção sexual delas?

MS: Eu acho que Walcyr Carrasco, e todos nós, conseguimos dar uma rasteira na homofobia, muita gente vem me falar que depois da novela foram aceitos em casa, até mesmo pessoas com preconceitos enraizados vindo me dizer que a partir da novela começaram a mudar a sua visão de mundo. Isso para mim foi o fruto de um trabalho muito bem feito, pois fazer um papel que faz as pessoas olharem para si e sua própria maneira de ver o mundo é o nosso principal objetivo como artista. O sentimento que tenho por esse retorno, por essa conscientização que começou a acontecer, é o de missão cumprida.

RF: Este é um dos poucos personagens gays que tiveram um impacto tão grande na televisão brasileira. Consequentemente você acabou virando alvo de desejo de muitos gays que sonham em ter um Félix em casa, como você consegue lhe dar com esse assedio? 

MS: Desde sempre deixei muito claro sobre o meu casamento, a minha família, então as pessoas me veem sempre de uma maneira muito respeitosa.

RF: Você tem receio de ser cantado por outro homem na rua?

MS: A sexualidade para mim é uma coisa aberta... Não no sentido de ter tido várias experiências ou alguma experiência homossexual. Não, não tive, mas podia ter tido, tenho muitos amigos homossexuais, e muitos desses já me cantaram.

RF: Você tem algum medo antes de entrar em cena?

MS: Às vezes sonho quando vou entrar em cena e não tenho ideia do que vou falar, apaga tudo. Meu medo é relacionado à memória, esquecer as coisas. A pior doença para mim seria o mal de Alzheimer (doença neuro-degenerativa). Definhar a memória é uma coisa que eu tenho medo, pois vivo dela.

RF: Como foi o laboratório para criar a identidade do Félix? Ele é divertido e conquistou 80% dos telespectadores por isso. Foi complexo para você?

MS: A própria vida da gente é um laboratório porque o mundo é gay, eu não fui procurar nada sobre homossexualidade porque estamos cheios de exemplos ao nosso lado. No entanto li muitos artigos sobre o nazismo para entender a fixação que o Félix tinha pelo poder. A maldade existe em todo mundo e busquei isso em mim, o último livro que li para molda-lo foi 'O Efeito de Lúcifer'. Deu um certo medo pois eu não queria que o Félix fosse caricata, grotesco demais, perdi algumas horas de sono pensando na medida exata que eu deveria imprimi-lo. Brincar com a feminilidade, no sentido de dar pinta e falar mal, é libertador, por que no fundo é o que todo mundo queria fazer: ser mais gay, no sentido alegre.

RF: Sua carreira na televisão fez dez anos a poucos meses, e o seu trabalho em Amor à Vida talvez tenha sido o seu maior reconhecimento como ator, o que você tem a dizer sobre isso?

MS: O Félix foi com certeza foi o maior desafio da minha carreira, ele não tem limites, tem um humor danado, é um presente muito lindo que o Walcyr Carrasco colocou em minhas mãos. Eu realmente não tenho como explicar o carinho que tenho por este trabalho.

RF: Qual é o lado ruim da fama? 

MS: Bom, a fama em si não tem um lado bom. O legal é o reconhecimento do seu trabalho. Ser famoso não é bom, você perde a sua individualidade. A minha vida é um contraste, com a fama eu deixo de observar para ser observado. Eu acabo perdendo um pouco da naturalidade, mas isso faz parte. É uma grande encenação da vida pública.

RF: Você se sente realizado como ator?

MS: Ainda não. Realização profissional eu tenho quando vejo atores como Fúlvio, Tony Ramos outro dia no Faustão... No dia em que eu me sentir realizado eu pararei. Minha satisfação é gerúndio.

RF: Todo mundo não falava de outra coisa quando o Félix foi desmascarado na frente de sua irmã Paloma e o resto da família, você poderia falar um pouco dessa cena?

MS: Eu estava em uma reunião de amigos, e meu celular não parava de vibrar, eram muitos amigos mesmo me parabenizando pela cena. Eu pensei "caramba, deve ter sido muito boa mesmo", cheguei em casa, eu e minha mulher, entramos no computador dela e assistimos pelo site. Foi muito emocionante, eu chorei assistindo à cena, por que não vi mais como o Félix, vi como espectador. Enquanto gravávamos foi impactante ver a Paola Oliveira reagir como um bicho selvagem vindo me atacar com todo aquele desespero e raiva nos olhos. Eu improvisei em algumas partes da cena, e nós tínhamos total liberdade de fazer o que quissemos dentro do cenário, eu tinha autorização para pirar mesmo, ali quebrei cadeiras, chorei, fiz uma destruição tremenda.  Em casa quando eu me vi jogado no chão chorando depois daquela confusão toda, eu pensei "Meu Deus, como esse menino sofre", eu realmente fiquei tocado com a fragilidade emocional do Félix.

RF: O Félix foi um dos muitos vilões que conseguiu conquistar o público. Como você vê o fato de ter tanta gente gostando e torcendo para o vilão em vez de torcer para o mocinho?

MS: O vilão tem o costume de falar o que as pessoas querem dizer, mas que acaba ficando entalado na garganta, é algo que deve ser pensado. Eu mesmo só fico feliz por não estar sendo ofendido na rua, e nem estar apanhando. No caso do Félix em especial, eu creio que misturar a comédia com o drama, fez com que ele fosse bem aceito, é um personagem divertido, e as pessoas gostam de se divertir.

RF: O que você vai carregar deste trabalho com você?

MS: Eu nunca pensei que teria um retorno tão positivo fazendo um personagem tão polêmico. Vocês podem ter certeza que eu me diverti muito fazendo o Félix, e eu só me diverti porque o público se divertia. Foi uma experiência maravilhosa porque o Walcyr Carrasco foi além do felizes para sempre nessa novela, nela nós podemos perceber que o importante é respeitar o próximo, respeitar as diferenças, resolver os nossos próprios problemas e amar a vida, por que ela é uma montanha russa, e essa é uma mensagem que eu vou levar comigo.

RF: Último capitulo vai ao ar hoje, o que vai acontecer com o Félix ?

MS: Falta tão pouco para todo mundo saber, mas assim, eu espero ter cumprido da melhor maneira possível o final que foi me dado. Todos, inclusive eu, esperamos o bem do Félix porque ficou bem claro que apesar de todas as maldades, ele tem um coração gigantesco, ele merece um final feliz. Muitas cenas com finais diferentes foram gravadas, e nós não sabemos quais delas foram escolhidas para ir ao ar hoje. Vamos ter que esperar algumas horinhas para ver o que acontecerá com ele.

RF: Vai ter um beijo gay entre o Niko (Thiago Fragoso) e o Félix?

MS: O nosso objetivo já foi concluído, conseguimos tocar em questões muito mais profundas e delicadas de serem tratadas, tivemos diversas cenas de amor e carinho entre os personagens. Eu acho que um beijo gay não faria falta, mas quem quiser saber se vai ter beijo ou não, vai ter que assistir a novela hoje a noite.

RF: Fim da novela, e agora o que vem por ai? 

MS: Tem dois filmes que devem ser lançados esse ano que são: "Confia em Mim" de Michel Tikhomiroff, ao lado de Fernanda Machado, e "O Menino no Espelho" de Guilherme Fiúza. Tem também a peça "Do Tamanho do Mundo" que vai estrear em São Paulo e excursionar logo depois pelo país todo.

Mateus Solano, é filho de um embaixador com uma psicologa, casado com a talentosíssima atriz Paula Braun, e pai de uma menina linda chamada Flora. Mateus é do signo de peixes e continua sendo o mesmo cara humilde e simpático de sempre segundo amigos próximos e familiares. Hoje ele finaliza mais um trabalho, com o qual conseguiu se consagrar na televisão brasileira. Eu tenho certeza que Solano é admirado por todos os leitores aqui do blog, sendo assim finalizo a matéria de hoje muito satisfeito. Não deixem de assistir as 21 hrs na Rede Globo as últimas emoções de Amor à Vida.