quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Conheça mais sobre a história dos Dreadlocks!

O dreadlock é uma forma de se manter os cabelos que se tornou mundialmente famosa com o movimento rastafari. Os dreadlocks também podem ser chamados de locks-dreads. Em Portugal, são comumente chamados rastas.


Os dreadlocks tornaram-se famosos graças ao movimento rastafari. Os rastafari não cortam nem penteiam os cabelos por motivos religiosos, baseando-se em citações do Velho Testamento.  Mas, ao contrário do que se pensa, os dreadlocks não foram inventados pelo movimento rastafari e não nasceram com Bob Marley. Seu uso é tão antigo que não é possível determinar corretamente quando começaram a ser utilizados. Uma vez que os cabelos humanos ficam emaranhados quando não são cortados ou penteados, é bem possível que os homens pré-históricos tivessem cabelos semelhantes aos dreadlocks. Isso também se aplica a muitos povos antigos. Foram descobertas múmias no Peru, datadas de 200 a 800 d.C., e de sacerdotes astecas, dos séculos XIV e XV, que atestam o uso dos cabelos em mechas emaranhadas.


Muitas vezes, dreadlocks são um símbolo de devoção religiosa, tais como o voto de um asceta de não alterar a criação de Deus. Na Etiópia, sacerdotes cristãos coptas usam dreadlocks há centenas de anos. Na Índia, adeptos do "sadhu", uma seita do hinduísmo, também usam cabelos emaranhados em homenagem à divindade Shiva e aos seus longos cabelos. Os rasta budistas do Japão e os maori da Nova Zelândia, assim como os membros da seita muçulmana Baye Fall  ou Baay Faal, do Senegal (um ramo do muridismo criado pelo xeique Ibrahima Fall) e várias tribos na Namíbia e Angola igualmente usam dreadlocks.

Talvez por fugir drasticamente dos padrões ocidentais de beleza, o usuário de dreads pode ser vítima de preconceito, a ponto de ter problemas para conseguir emprego, sobretudo quando a atividade exige contato direto com um público mais conservador, que associa o estilo ao puro desleixo. Por outro lado, o uso de dreads é muito bem aceito em ambientes ditos alternativos ou ligados à contracultura e, em diversas versões, com cabelos naturais ou fios sintéticos, acabou por ser apropriado pela indústria da moda.

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