segunda-feira, 30 de julho de 2018

Virgil Abloh e sua revolução na moda

Com voz parecendo de quem tragou fumaça e está segurando, Virgil Abloh é DJ e um tremendo designer.


E o que ele tem a ver com moda? Tudo! Em março de 2018, Virgil assumiu a direção criativa da parte masculina da Louis Vuitton e sua pessoa ganhou um holofote. Eu, pelo menos, fiquei interessado em saber mais sobre o cara, o que ele fez, quais são suas ideias e inclinações. Aqui vai um pouco do que descobri.

Virgil também é CEO da Off-White, marca que ele fundou em 2013 baseada em Milão, que teve sua estreia triunfal participando das semanas de moda mais importantes do mundo.


Formado em engenharia e mestrado em arquitetura, filho de costureira, nascido em Gana, Abloh cresceu em Chicago EUA, foi fã do Michael Jordan e fez estágio na Fendi em 2009, junto com o rapper Kanye West. Está aí o nome do padrinho que ajudou no alicerce para a criação da Off-White. Kanye West passou a contar com Virgil para o design de seus álbuns, ideias para o palco e tours de merchandising. E Abloh, se incumbiu da missão de levar luxo para a rua, fazendo surgir sneakers irados e um streetwear premium.


A colaboração em criações para Nike, Jimmy Choo, Levi’s, Moncler e IKEA (sim, de objetos para casa), também tiveram grande contribuição na carreira de Virgil e exposição da marca Off-White.


Recentemente, quando foi escolhido para dirigir a criação das coleções masculinas Vuitton, na nomeação, o editor da Vogue britânica, Edward Enninful (também natural de Gana, coincidência boa) elogiou:
“Virgil é um dos poucos designers que realmente casou a cultura street com a alta moda – e o primeiro designer negro a ocupar tal posição no hall da LVMH.”

E Virgil não fez por menos. Para delírio de seus fãs, que não são poucos, seu primeiro desfile masculino para a Vuitton foi inspirado por Mágico de Oz (aquela história clássica de um grupo de pessoas, cada uma buscando algo em particular e, coletiva e consensualmente crendo se tratar de missão impossível). Vem tendência aí:


A pegada é street, mas tem tecidos nobres, acabamento fino, detalhes manuais elaborados, matéria prima de primeira, mensagens, formas e texturas bem-humoradas. Aterrissagem do conceito no Brasil (em varias grifes masculinas um pouco mais acessíveis) prevista para os próximos meses.


Colaboração: Bruno Divetta curte moda, design, arte, arquitetura. É gerente de projetos, escritor e está tentando viver o agora – já que o presente é inevitável e o futuro, pura ansiedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário