Pra quem não sabe, estreou em 2009 o famoso documentário The September Issue, que mostra o trabalho de Anna Wintour na Vogue e como a principal edição do ano é concebida. Ativando minha veia de crítica de cinema, posso afirmar que o filme é maravilhoso, não sei se esse post se tornará um spoiler para quem ainda não assistiu, mas vou comentar algumas partes.
Anna Wintour é realmente monossilábica, mas quando ela fala sempre surgem frases de efeito (umas piadas!) e que nos fazem abrir o caderninho de anotações pra não esquecer disso nunca mais. O filme é cheio de ensinamentos de moda, obviamente sem ser com uma didática chata, o diretor R.J. Cutler captou direitinho o espírito da moda e é maravilhoso ver desfiles e roupas numa tela gigante de cinema.
Logo no início, o documentário mostra o que a gente realmente imagina, Anna Wintour vendo exclusivamente e em primeira mão a coleção de YSL em Paris. E num dos poucos momentos do filme, baixou o espírito devil e suas caras e bocas decretaram que ela não tinha simpatizado com a coleção de Pilati, que tadinho ainda se esforçou tentando reverter a situação. Tirando isso, Anna não é tão devil assim, o que ela mesmo fala no filme é que ela trata seu trabalho com seriedade e muita responsabilidade, devido a tamanha importância de sua “opinião” sobre o assunto.
Agora se você acha que o filme é cheia de Voguettes de 20 anos andando num salto 18, esqueça, não tem nada disso, a grande estrela do filme (mais que Anna) atende pelo nome de Grace Coddington, diretora-criativa da revista. Ela é responsável pelo editorias fantásticos e que segundo a própria, sempre tem a intenção de ser um conto de fadas e fazer a pessoa sorrir e sonhar. Grace, que começou a carreira como modelo e entrou no mesmo dia que Anna na Vogue, é seu oposto, cheia de paixão, demonstra mais afetuosidade e “empolgação” no seu serviço. Ela sempre bate de frente e é a única que discorda de Anna, os momentos tensos do filmes estão sempre com ela, que por muitas vezes parece que vai mandar Anna pra casa do carValho, mas no final, uma sempre reconhece o trabalho da outra.
Além disso, o filme tem uma hilária participação de Mario Testino, Sienna Miller que foi a capa e foi execrada com seu cabelinho, Raquel Zimmermann em dois editorias e Carol Trentini em um, o estilista Thakoon, que foi revelado por Anna, Gaultier e Bee Shafer, a filha de Anna, que disse que não quer nada com moda, mas ajuda a mãe a escolher a melhor capa!
O filme voa, é muito bem feito, e pode até não transformar Anna em santa, mas mostra que sua notoriedade é resultado de muita seriedade e dedicação, Anna Wintour não está onde está à tóa. A produção está disponível na Netflix e publicado de forma irregular no Youtube:
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