sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Papo Bom com Harry Louis.

O mineiro Edgar Xavier ficou conhecido no mundo inteiro com o nome artístico de Harry Louis, e é um arraso na cena gay mundial. Foi protagonista em mais de 30 produções de cinema pornô gay, trabalho que ele largou quando começou a namorar um dos mais famosos e talentosos designers de moda do mundo, o americano Marc Jacobs. Harry Louis e Marc Jacobs terminaram o relacionamento no fim do ano passado de maneira formidável, e o ex-ator pornô que morava em Londres foi para Nova York, se mudando logo depois para o Rio de Janeiro, onde reside atualmente. Hoje Harry Louis se dedica a uma vida de empresário com a sua fábrica de chocolates e a rotina de DJ na noite brasileira. No último dia 22 ele esteve em Goiânia para discotecar na boate Disel, a maior boate gay da cidade, e é com ele o nosso papo bom de hoje.


RF: De Onde saiu essa história de chocolate?

HL: Minha avó sempre fazia chocolates no Natal para mim e meus primos, aquilo era um evento para nós todos, e esperar o Natal levava tempo demais, então entre 10 e 12 anos eu acabei aprendendo fazer o chocolate sozinho. Meus primos iam jogar futebol e eu ficava do lado da minha avó olhando ela fazer o chocolate e assim eu fui aprendendo.

RF: Onde fica a sua fabrica de chocolates?

HL: Então, a minha marca de chocolate, a HL, tem a sua base em Londres, mas agora temos uma cede no Rio de Janeiro também.

RF: Os homens têm uma sexualidade muito clara e agressiva, para você a primeira atração é sempre sexual?

HL: Sim, com outro homem sim – risos.

RF: Porque você parou de fazer filmes no cinema adulto?

HL: Na verdade a minha decisão foi baseada em um conselho do meu primeiro diretor, eu me lembro das palavras dele até hoje, ele disse – Não faça mais de 30 filmes para você não virar figurinha carimbada, você tem que ser lembrado por um bom trabalho, não por ser uma pessoa que o telespectador vai pular a cena em que você aparece por saber tudo o que você é capaz de fazer.

RF: De onde saiu o nome de Harry Louis?

HL: Eu estava na Espanha em uma festa de Halloween vestido de Harry Potter, e o meu nome é muito difícil de se pronunciar lá, então quando as pessoas perguntavam como eu meu chamava, eu entrei na brincadeira de responder Harry. Outra vez me perguntaram o meu sobrenome, e Harry Xavier não colava muito, daí eu olhei para o meu pulso antes de responder, e vi meu relógio da Louis Vuitton e respondi que era Louis.

RF: Você viveu em Brasília dos 12 aos 17 anos, foi lá que você descobriu a sua opção sexual?

HL: Eu sempre soube, desde os 10 anos de idade eu sempre tive atração por homens, me lembro de ver as caixinhas de cueca e achar os modelos bonitos e sentir desejo pelo corpo deles.

RF: Você sofreu bullying por ser gay?

HL: Sempre sofri bullying na escola, os meninos pegavam muito no meu pé, me chamavam de Edygay, de bichinha, veadinho... Como eu não era de brigar e partir para porrada, eu acabava indo para sala do diretor chorando para reclamar. Mas não tenho nenhum trauma em relação a isso, eu sinto até pena de gente assim, que faz os outros se sentirem mal para se sentirem bem consigo mesmas, na época eu era muito novinho e sofria muito, mas com o tempo eu aprendi a bloquear pessoas assim da minha vida.

RF: Por ser um “Deus” nessa industria milionária, o que você conseguiu em troca? Quais são seus privilégios?

HL: Nos cinco anos que eu trabalhei nessa industria eu já adquiri um respeito muito grande, no segundo ano em diante eu já escolhia todos os meus parceiros de cena, coisa que eles não deixam qualquer um fazer. Comparado com os outros atores eu era muito bem pago e até hoje em dia eu recebo ofertas milionárias na mesa  para fazer esse tipo de trabalho e não aceito. 

RF: Há preconceito contra os Gays na Espanha, Londres, Estados Unidos da mesma forma que acontece no Brasil? 

HL: Há sim, mas é bem menor, aqui no Brasil eu fico horrorizado com a pressão contra o casamento gay, com as pessoas fazendo questão de ficar falando que isso é errado. Lá fora é tudo mais tranqüilo, nós homossexuais temos mais liberdade, mais direitos, o pessoal é mais evoluído, aqui, neste aspecto as pessoas ainda tem pensamentos muito antiquados sobre essas questões.

RF: A sua iniciação sexual foi fácil?

HL: Foi sim, eu morava em Brasília ainda e tinha por volta de 15 e 16 anos de idade, foi nessa época que dei meu primeiro beijo. Eu já fui para os finalmentes no mesmo dia que dei meu primeiro beijo e achei maravilhoso, depois eu nunca mais parei.

RF: Na Espanha você fazia programas, tem como você contar como isso aconteceu? 

HL: Sim, eu fui pra Espanha com 17 anos, me envolvi com um carinha de lá que foi tipo uma porta pra eu sair do país. Chegando na Espanha o nosso relacionamento não deu muito certo por que eu me senti super interessante para os gays de lá, todos estavam me querendo porque eu era carne nova no pedaço, eu adorei aquilo e acabamos terminando. Depois de um tempo, eu não sei se eu perdi ou se roubaram a minha carteira com todo o meu dinheiro dentro, isso foi em Madrid. Sabendo das necessidades da minha mãe aqui no Brasil eu não me senti no direito de ligar de onde eu estava e pedir ajuda, eu passei fome por três dias, até que eu entrei em um chat e surgiu a proposta de um cara me oferecendo dinheiro por sexo. Eu não hesitei em momento algum porque eu não tinha o que comer, hoje eu vejo que aquela foi a melhor escolha que eu fiz em toda a minha vida, por que a partir dali eu fiz muito dinheiro e pude levar minha mãe para perto de mim. 

RF: O que seus pais pensaram disso, qual foi a reação deles?

HL: Eu não tenho contato com meu pai, não tinha mesmo antes de ir para Espanha, ele e minha mãe são divorciados. Pouco tempo depois que minha mãe se mudou para a Espanha eu tentei esconder o jogo, mas não deu muito certo, ela acabou descobriu como eu estava ganhando dinheiro e nunca me julgou por isso, ela é minha melhor amiga, ela é tudo pra mim, ela sempre sabe tudo o que acontece comigo.

RF: Como você começou a fazer filmes no cinema adulto?

HL: Um produtor de cinema pornô me achou no chat como garoto de programa, gostou do meu perfil e me chamou para fazer um casting onde eu tinha que me relacionar com outro ator, para mim foi super tranquilo porque o outro ator era super lindo e atraente. Foi tudo muito rápido comigo, duas semanas depois do casting eu já estava fazendo filmes em Barcelona. Cheguei a fazer filmes que duraram dias de gravação, outros para a internet que levaram umas cinco horas de gravação, é uma rotina bem corrida dependendo da quantidade de trabalho que você tem, no meu caso eram muitos.

RF: Você disse que passou horas e dias gravando, como é possível manter o desempenho por tanto tempo?

HL: Nestas gravações você tem que parar para tirarem foto da cena, para pegarem o melhor ângulo, a melhor luz, que é inevitável a ajuda de uma pílula ou de uma injeção de ânimo no membro para que ele se mantenha de pé por horas seguidas, então eu só tinha a preocupação com a cara e a atuação. As vezes eu saía de lá todo esfolado, mas eu sou controlado, eu sei a hora certa do ápice da cena.

RF: Você já se envolveu emocionalmente com outros atores pornôs e os levou para cama fora de cena?

HL: Sim, vários. O que acontece !? Você fica na frente de oito pessoas gravando, mas dai surge a vontade de conhecer a pessoa em um local mais privado,  você vai lá e combina com o cara, é até mais fácil por já ter rolado uma pitadinha do que a pessoa é em cena e o primeiro contato já ter acontecido ali, é ótimo você poder sentir a pessoa melhor sem ninguém te dizendo o que você tem que fazer e como deve fazer.

RF: Os gays brasileiros tem fama de serem os mais sensuais na Europa assim como os homens latinos?

HL: Sim, o brasileiro tem pegada independente de ser homem, mulher ou gay, a gente exala sexo e os gringos adoram.

RF: O que é ser estiloso para você?

HL: É sempre andar do jeito que você esta com vontade, se sentindo bem e bonito, isso é ser estiloso pra mim.

RF: Fim de carreira no cinema pornô. Você se mudou para o Brasil e iniciou uma tournê nacional como DJ que carrega o nome mixed pleasure. De onde surgiu a ideia de discotecar, e como esta sendo essa experiência para você?

HL: Um amigo meu elogiou meu gosto musical e me aconselhou a fazer um curso de discotecagem, eu peguei aquilo pra mim, fiz um curso curto, e amei tudo o que eu aprendi. Agora eu estou me divertindo nas noites brasileiras com esse tipo de trabalho, e estou com a agenda cheia até o final do ano. A experiência é incrível por que você viaja pelo país inteiro, esta em contato com as pessoas de todos os lugares daqui, tem sido tudo muito bom, vamos ver se vai dar certo, eu espero muito que sim. – risos.

RF: Para finalizar o nosso papo bom de hoje, qual é o seu maior sonho agora?

HL: É reunir a minha família toda em um mesmo lugar, eu sou muito ligado as minhas raízes. Tenho parentes em Minas Gerais, Brasília, São Paulo, minha mãe que esta morando com meu padrasto na Espanha, eu sei que é um pouco complicado porque esta todo mundo muito dividido, mas meu maior sonho é este.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vans apresenta Coleção em homenagem aos Beatles.

Olá queridos leitores, tudo bem com vocês? Eu super desejo que sim. Hoje eu vim para falar de um lançamento super legal, a marca Vans aterrizou no Brasil, e a sua nova coleção cápsula é em homenagem aos icônicos Beatles, uma das bandas de maior sucesso no mundo todo, legal não é?

A Vans nunca para de lançar produtos, os novos foram inspirados no álbum Yellow Submarine, com 4 estampas nos modelos: Slip On, Era, Authentic e Sk9-Hi. Os modelos chegam no Brasil daqui a pouquinho, em Março, e estarão a venda em Multimarcas e Skateshops que trabalham com eles. Confira:






quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O estilo do Brit Awards 2014.

Recentemente rolou mais uma edição do Brit Awards, uma premiação super importante na indústria da música britânica. O evento aconteceu em Londres na 02 Arena.

Para começar, a banda Artic Monkeys faturou duas estatuetas, uma de Melhor Grupo e a outra de Melhor Disco, no tapete vermelho eles apareceram com a elegância habitual, mas com uma atitude blazé.


James Corden que foi o mestre de cerimônias mereceu aplausos, apareceu com um smoking de estampa discreta e muito bem alinhado.


De maneira mediana, assim como são suas músicas, os rapazes do One Direction, que foram vencedores das categorias de Melhor Vídeo e Sucesso Global, escorregaram na escolha dos looks. Faltou abrir mão de algumas estampas e contrastes, mas relaxa, eles ainda passarão por muitas outras premiações e terão a chance de não errar novamente. 


Com muito bom gosto, o rapper Tinie Tempah, considerado um dos caras mais elegantes do Reino Unido, conseguiu construir belas combinações com seu look, dando um resultado positivo e ousado.


Eleitos como a revelação do ano, a banda Bastille se mostou muito sábia na escolha das peças. Usaram ternos bem cortados, barbas elegantes e penteados raivosos.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os blazers de veludo chegam com força no Iverno de 2014.

Antigamente o veludo era bastante usado na moda masculina, em casacos, calças... Mas com o passar dos anos o seu uso foi ficando esquecido e até considerado brega. Porém ele ressurgiu das cinzas tomando conta de alguns calçados. Agora ele também toma conta de algumas peças dando um ar moderno e arrojado ao visual, o legal é que fica sofisticado ao mesmo tempo.

Muitas grifes tem feito blazers de veludo para o inverno deste ano. É quase que uma ''pedra cantada'' que esta será a peça da estação. Tem alguns homens arriscando na combinação completa de calça e blazer de veludo, eu particularmente não gosto, mas não há ninguém afirmando que a combinação é um erro, se a ideia te atrai, nada impede que você a use desta forma. Acho mais sutil com uma camiseta e um jeans escuro, já que o veludo em si já chama bastante atenção. 

O uso é bem favorável a noite por ter uma personalidade forte, e é ideal para ocasiões casuais que não sejam tão formais.




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A monogamia é um empecilho nos relacionamentos homoafetivos?

Há muitos casais gays vivendo a experiência de um relacionamento aberto, e eles não adotaram essa ''medida de relacionamento'' por desgaste ou falta de interesse sexual. Acreditem, há mais casais gays que se relacionam de forma aberta tendo relacionamentos duradouros do que casais gays monogâmicos. Parece que aquele lance de amor e sexo não serem a mesma coisa é de fato real. Ter a liberdade de não estar preso a uma pessoa e estar junto dela por amor, mesmo que haja interesse por outras pessoas pode sim ser saudável para relação.


Todo relacionamento tende começar de maneira monogâmica, a exclusividade afetiva não é uma obrigação, deveria ser uma escolha, mas a realidade é que há uma cobrança muito grande por isso e a frustração é quase sempre inevitável, por troca ou traição. Depois de um certo tempo de relacionamento é natural que haja uma vontade mútua de se aventurar em outros horizontes, os mais tradicionais retraem a ideia dentro de si, mas com o passar dos anos acabam não se sustentando, traindo ou dando fim a relação.

Independentemente da configuração do relacionamento ser ou não monogâmico, a psicanalista Sandra Teixeira entende que os casais precisam manter sempre o diálogo. "Uma relação é um acordo, um trato. Em todas elas se estabelecem critérios, desde a questão 'estamos namorando ou ficando?' a pergunta 'queremos ficar juntos para sempre?' ". Pondera. "Dar flexibilidade a esse acordo é possível, principalmente depois da fase inicial da paixão, caracterizada por um maior sentimento de posse. A relação aberta é mais uma questão de lealdade do que de fidelidade", prossegue a psicanalista.

Mesmo com o casal estabelecendo acordos, a relação pode enfrentar obstáculos, de acordo com o psicólogo Klecius Borges, especialista em terapia homoafetiva.  "O primeiro é a insegurança, seguido do ciume e do medo", inúmera o especialista, acrescentando ainda a competitividade como um fator negativo. "Quando se fala de dois homens, existe a tendência de haver competição e comparação. Nessa situação, um dos parceiros começa a se perguntar se ele é pior ou melhor que a terceira pessoa".

Entretanto, Klecius considera que o maior impedimento é o fator de um dos parceiros não se sentir confortável com esse arranjo. "Quem não quer realmente o casamento aberto fica desconfortável, não consegue lidar com a situação. Já quem não quer ser monogâmico se frustra por não viver um relacionamento aberto de verdade", conclui o psicologo, indicando que a tendência é um relacionamento assim não sobreviver.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Use o marrom sem medo.

Em Goiânia chegou o frio e a chuva (por incrível que pareça), podemos ver em vários homens que são ícones de estilo, o marrom em destaque nos looks que usam. Eu sempre gostei da cor e nunca deixei de usar. Mas ai você começa a se questionar sobre o porque. O marrom é uma cor neutra que vai bem com tudo e deixa a combinação mais harmônica e balanceada, passa um ar clássico sutil. Podemos ver variações do mesmo tom nas marcas de sapatos mais despojados, ideais para curtir os momentos de temperatura baixa com muito estilo, podemos perceber o mesmo acontecer com cintos, carteiras, bolsas, peças do vestuário e demais acessórios. Selecionei algumas fotos de alguns produtos interessantes e que caem super bem no clima gostoso que estamos passando.


E aqui vai algumas inspirações para usar com a cor marrom... Fotografias de looks tiradas em Paris e Lisboa. Os 'fashionistas' apostaram no marrom como a cor forte dentro da combinação e arrasaram. Confira:






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Botas Wingtips!

Não sei como anda o clima nas outras cidades, mas em Goiânia o dia começa com chuva e termina com um friozinho bem gosto ultimamente, aproveitando a onda do frio, hoje falarei sobre um modelo de botas que tem tudo haver com o clima daqui nesta ultima semana.  As wingtips são uma derivação dos brogues, que por sua vez são parentes dos oxfords. Muita confusão? Não tem problema. Wingtip é um termo que caracteriza aquele tipo de calçado com pespontos e cuja a costura forma um "W" na ponta. É por isso que existem os sapatos wingtips (brogues) e as botas wingtips. (Se alguém souber onde tem uma bota dessa da foto abaixo e quiser me dar de presente, pode ficar a vontade rs).


Popular há bastante tempo, esse modelo já sofreu diversas mudanças. os mais clássicos seguem com solados finos de madeira ou borracha e nas cores mais tradicionais. Ultimamente os solados de borracha grossos (mais adequados para neve e mais resistentes) têm tomado conta, podendo ser da mesma cor do restante do calçado, ou não, dando um contraste muitas vezes mais interessante.


Lembrando que botas com bermudas não combinam muito bem. Elas foram feitas para o frio e por isso devem ser usadas com calça - para dentro ou para fora, dependendo do resultado. Os modelos mais discretos e clássico podem até fazer parte de um visual mais formal (com um terno), basta saber combinar. É possível encontrar diferentes opções no mercado, das mais caras e tradicionais até as mais baratas e modernas.



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Desabafo de um blogueiro, uma pessoa comum como você.

Eu, Reberth Fiorezzo me sinto muito grato com a vida por ser uma dessas pessoas que não enxerga a moda como futilidade, e sim como uma industria gigantesca que emprega milhões de pessoas no mundo todo, como uma área de trabalho que abraça as pessoas, que transmite o que elas sentem, que deixa externo o que há de melhor dentro delas, que a moda é uma maneira de fazer alguém se sentir feliz. Uma grande percepção deste pensamento que tenho se dá aos meus primeiros trabalhos de consultoria de imagem, por que você percebe uma melhora pessoal, uma recarga na alto estima muito grande dentro de um cliente depois que ele se encontra e transmite isso.


É gratificante para mim escrever sobre moda e "trocar figurinhas" sobre o assunto com vocês, porque muita gente vem me dizer que tenho facilitado a vida delas nas escolhas de roupas, dando novas alternativas de produtos e preços, mas é um pouco estranho também, porque posso estar parecendo algum daqueles garotos que acham que a moda tem que ser ditatorial e que quem não se enquadra no guarda-roupa da estação está fora, que as marcas é que são importantes, mas não, o que faço aqui é dar novas alternativas, ensinar as pessoas a arriscarem um pouco e ver que podem se sentir melhores consigo mesmas usando as peças "certas" independente de marca, de preço e o corpo que tenham. 

A verdade é que estou cercado de gente muito criativa, que respeita muito as diferenças das pessoas e que fazem deste trabalho de designer,  de consultor de imagem, enfim, de todas as áreas da moda, muito mais do que um trabalho, mas também como uma filosofia de vida, se sentem úteis assim, por estarem melhorando a vida das pessoas; O que seria dos seus pés sem um sapato? O que seria de você no frio sem um casaco? O que seria de você se tivesse que usar algo que não te agrada e não traduz quem você é? 

Foi trabalhando com moda, assim que eu comecei lá atrás, há uns três anos, dentro do Casulo Moda Coletiva que aprendi que na vida nada cai do céu, que se queremos alguma coisa, temos que arriscar e tomar frente. Muitos de vocês são jovens assim como eu, estudantes de moda, consumidores e que não podem ficar gastando milhões em uma peça só para ostentar a etiqueta. É complicado por que o meio do marketing, muito mais do que o da moda impõe padrões esmagadores sobre nós, que ser bonito é estar magro para poder estar dentro de uma determinada roupa ''x'', que é preciso tomar champanhe em lançamentos e falar de marcas com preços altíssimos em um blog para ser bem sucedido. Mas estou aqui contra essa maré toda para mostrar que você pode se vestir bem com o corpo que você tem, comprando roupas que você tenha a condição de pagar.

Eu reconheço que há muito para eu fazer ainda, que tem um longo caminho pela frente até eu chegar de fato onde quero. É difícil, por que  muita gente espera que nós, os profissionais da moda sejamos um pouco intocáveis, blasés, mas só estou aqui, porque dentro da moda nós aprendemos a ver o outro como igual, entender as diferenças e necessidades de cada um, para só então suprir as suas necessidades com o que fazemos. Eu sempre vou ser aquele que vai sorrir e te cumprimentar  dentro de uma Fashion Week, falar sobre minhas vontades caso elas sejam questionadas, que não vai virar a cara ou agir com estrelismo, porque acredito que o crescimento pessoal e profissional é muito maior quando você não se sente em um degrau mais alto que os demais e se abre para trocar experiências.

Eu espero que o que escrevo aqui inspire vocês que estão me acompanhando e são meus leitores, que querem trabalhar com moda, que já estudam ou querem estudar moda, tanto quanto me inspira e me incentiva. Essa é uma industria complexa, complicada, fechada, cheia de gente que pensa diferente de mim e que impõe, se sente maior, tem o estrelismo ali presente e super valoriza preços, marcas, padrões de beleza. Eu sei que há bastante garoto lendo isso aqui que se sente pressionado por um grupo de pessoas "fashion afetadas" a usar um look que é o mais aceito em vez de sair vestindo o que quer e melhor lhe expressa, sendo vitima da visão superficial dos outros.  A verdade nua e crua, é que você fica muito mais bonito, fica muito mais atraente quando você está bem consigo mesmo e transparece isso.

Quando eu era criança eu fui criticado por ser gordinho, na minha pré-adolescência eu fui criticado por não me vestir como todo mundo se vestia, depois um pouco mais velho por não usar as marcas mais caras, foi doloroso, injusto. Muitas vezes as menores criticas te afetam e te fazem se sentir inferiores, mas a moda me ensinou o oposto, que todos tem diferenças, consomem produtos diferentes, se sentem felizes de maneiras diferentes, e dali então eu não me abati mais. Estou ciente que tem gente que vai ler isso aqui e pensar ''oh meu Deus, esse Fiorezzo não vai chegar em lugar nenhum pensando assim'', mas eu não me importo, por que sei o que definirá o meu sucesso, será o meu trabalho sendo bem feito, e não uma ação qualquer que possa fazer os outros se sentirem menores do que são.

Eu estou aqui por que sei que são pessoas normais que leem as coisas que eu escrevo, pessoas como eu, e é isso que me mantem aqui todos os dias. Se você reconhece que muita coisa do que eu escrevi aqui faz sentido, comece por você, e não julgue os outros que estão em sua volta, isso é tão fácil, você se sentirá tão mais leve, e por último, isso faz com que ninguém se sinta pior do que você. Eu sofri por anos por ser diferente do que queriam, e estou compartilhando isso com vocês, para que entendam que vocês não precisam ser o que querem que vocês sejam, devem ser o que são, o que vocês desejam ser e não os outros, porque era o tipo de coisa que eu precisava ouvir naquela época. 

A sua beleza esta na sua alegria, não adianta você estar com a roupa mais cara e com o coração calejado, vista o que te faz feliz e seja feliz sendo você mesmo. Esta é uma percepção que talvez você já tenha dentro de você, mas que talvez precisasse ser encorajada. Eu só estou aqui para falar como eu me sinto no meio disso tudo, como a moda tem me feito um ser humano melhor, e o quanto me alegra e me gratifica o apoio de vocês, meus leitores, consumidores comuns, pessoas como eu. Um super beijo do loiro Fiorezzo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cores que Combinam: Verde e Preto!

Verde e preto podem até parecer mais adequadas para o inverno, mas isso não é uma verdade absoluta. Comum em figurinos inspirados no militarismo e tons terrosos, o verde e o preto vão bem quando são de tons contrastantes ou bem semelhantes.  Conjuntos simples como uma camiseta e uma bermuda já podem ser o suficiente para unir ambas cores com sabedoria. Estampas como o camuflado e listrado podem ser outras formas de combinar igualmente bem. E por aí vai: terno preto com gravata verde, blazer verde com lapela preta, camisa preta e calça verde, casaco preto e cachecol verde, camiseta preta e chapéu verde... Enfim, são muitas as possibilidades. A maioria, claro, mais indicada para o frio, mas nada impeça que você saia assim de casa quando estiver em dia de calor. 





segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Tricky Hips apresenta sua Nova Coleção, "Mar".

A marca Tricky Hips é brasileira, mas tem uma pegada totalmente Globetrotter (Que corre o mundo, aventureira, exploradora), e sem dúvidas é para aquele homem que gosta do sentimento de liberdade, de viajar, e conhecer novos lugares. "O mar é incrivelmente lindo, tem sua própria identidade, regras e criaturas, é um organismo submerso cheio de vida e mistérios". Essa é a proposta que a coleção "Mar" da marca carrega, com estampas de marinheiros, piratas, barcos e muitos outros elementos marinhos. Lançaram 5 novas estampas que deram vida a 9 modelos de camisetas nas cores branca, cinza e vermelho. A Tricky Hips é super clean e expressa bem o que quer em todas as suas coleções. Veja algumas fotos do lançamento:






sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Happy Hour Casulo.

Olá queridos leitores, me parece que não serão poucas as vezes que vou falar do Happy Hour do Casulo Moda Coletiva por aqui, sempre rola e quase não tenho deixado de ir quando tenho a disponibilidade para relaxar por lá nas sextas-feiras a noite. Desta vez, além da galera do Casulo que pra mim é super importante, e que vocês já estão "carecas" de saber, encontrei com as meninas da minha faculdade, uma colega de turma e duas calouras. É sempre muito divertido encontrar gente que tem assuntos em comum com você, o bom é que raramente isso não acontece por lá.


Estas eram, Bella Dellacour, com o batom laranja e as tatuagens estilosas, Priscilla Paula, loira alta e magérrima, e Jessyka Yully que até onde sei sempre arrasa nos looks e acessórios. (Sim, são as garotas que estão comigo na foto acima, presumo que já tivessem percebido isso rs).


A rotatividade de novidades na loja é super bacana, sempre que passo lá para me distrair, rever o pessoal e me divertir no Retrô Drinks & Foods que fica ao lado, acabo me inteirando de novas marcas que passaram a fazer parte do coletivo, e novas peças que estão a venda. É bacana por que não ficamos reféns das estações para ver novidades, nem mesmo esperamos que uma tendência seja ditada para irmos as compras, pois eles estão de olho a todo instante no street style e no que a galera aceita bem dentro do seu próprio gurada-roupa. 


Rolou tudo aquilo que já estou mais do que acostumado à falar; Boa música, boa comida, galera interessante, papo legal, atendimento de primeiríssima, e é essa vibe tão gostosa que nos mantém lá e nos faz levar novas com a gente. Um beijão para galera do Casulo, que me emociona com muita facilidade, em breve, muito em breve a gente se vê por ai de novo. Confiram as fotos tirada pela Beatriz Perini e veja o que rolou:









quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A evolução dos acessórios.

Olá, amigos! Já  sabemos que nós homens podemos usar as bolsas, seja ela de lado ou de mão, até as carteiras, mas a polêmica ainda está na bolsa vintage, usada sim pelos homens. Diferente das bolsas femininas, as bolsas masculinas não são tão cheias de detalhes e tem um quê mais utilitário, como carregar livros, agendas, etc. E onde podemos encontrar homens usando bolsas e abusando dos acessórios? Claro, nas ruas onde damos o famoso nome de Street Style.


Existem mil opções de acessórios masculinos que vão muito além dos relógios de todo dia. Pulseiras e anéis bacanas dão personalidade à produção e deixam tudo mais interessante. Os homens mais ousados estão apostando nas joias, mas especificamente, na mistura de vários estilos de pulseiras. Entre os materiais mais comuns estão o couro, o metal e as pedras, muitas vezes com uma pegada bem rock. Os mais ousados ainda podem usar broches na jaqueta, blazer, etc.


Esses acessórios podem ser usados, todos de uma vez: Couro, tecido ou metal, de acordo com seu estilo. Vale também amarrar um lenço no pulso, fica bonito e estiloso!


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Chega de vergonha!

Recentemente recebi um e-mail de um leitor que dizia "Nossa, eu amo estar sempre bem vestido, mas é meio limitado esse meu desejo, tenho medo de pensarem que eu sou gay". Então meus caros, vocês também sentem esse medo, dúvida, vergonha? Então deixo aqui uma dica que eu espero que possa mudar esses pensamentos.


"Azul é para meninos e rosa é para meninas", okay, desde pequeno você cresceu ouvindo isto. E agora que você está crescido, quando o drama das cores passou, começa o drama das peças. "Se eu usar isso vai parecer que sou gay?". Perdi as contas de quantas vezes já me perguntaram ou me escreveram sobre isso. E, pior, quando você ouve comentários como: Cuidado, se você der esta roupa para ele, vai que ele comaça a gostar de outras coisas hein". O quê? E aquele silêncio que é peculiar em seguida.

Podemos parar de vez por todas com essa classificação estípida, geralmente incentivada por familiares e amigos sem o menor senso fashion. Gente, é preciso ignorar e até rir destas pessoas. Sempre me pergunto, como uma pessoa sem referências e conhecimento pode querer falar algo de outra? Achar que tem tem oknowhow para fazer um deboche... fico realmente indignado.


Não existe roupa "de gay". E vem cá, se você realmente está com medo de que as pessoas achem isso, será que você está preocupado demais sem ter motivos? E digo mais, se falarem que você está com roupa "de gay" (como eu odeio essa expressão!) sinta-se elogiado. Os homossexuais são geralmente os mais bem vestidos ever. E o sonho de toda mulher é ter um namorado que fosse tudo que um gay costuma ser, exceto por preferir homens.

Portanto use e abuse de decotes, calça skinny, roupa clara, barra dobrada, terno slim, texturas, estampas, sapatos diferentes, acessórios e cabelos ousados. Você não vai ser nem um pouco mais macho se sair com a calça caindo no meio da bunda e um tênis imundo.

De uma vez por todas, avise sua família, namorada e amiguinhos para estudar em pouquinho mais antes de fazer piada. Afinal, as pessoas é que precisam rever seus conceitos e não você as suas roupas.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Casas de vidro!

É crescente o numero de adeptos a casas de vidro por seus benefícios de iluminação natural, conforto térmico (em alguns casos) e consequentemente estéticos.


Para a residência acima, além do uso do vidro, a residência foi implantada mantendo o ambiente natural em seu entorno. Nesta situação é importante que o conjunto seja bonito tanto internamente, quanto externamente.


Mas se você gosta de casas de vidro e pretende utilizar o vidro como principal recurso componente da residência, deve se observar alguns fatores:

Casas de vidro no Basil

A casa de vidro reduz o consumo enérgico e magnifica a estética, porém, deve-se observar a região em que estará sendo implantada para que não funcione como uma estufa. Acima temos um projeto (que não é brasileiro), observa-se a aplicação de vidros fixos (que não podem ser abertos), vidros transparentes (permitindo a insolação para dentro da edificação) e a falta de beirais nos telhados ou brises (que fariam sombra quando o sol estivesse a pico). O ideal para a imagem acima seria ser utilizada em um local com iluminação e insolação restritos, facilitando a entrada dos mesmos. 


O uso do vidro é ideal para locais que as temperaturas no verão não são muito altas, e dependendo do objetivo térmico pode-se utilizar vidros espelhados (evitando que os raios solares incidam sobre a residência, mantendo-a mais fresca) ou vidros termo-absorventes (os escuros, que absorvem o calor, fazendo com que o ambiente mantenha-se quente).